As vésperas de iniciar o primeiro turno do confinamento em 2010, os pecuaristas ainda estão cautelosos quanto à definição do volume de gado a confinar este ano. As causas passam principalmente pelo clima de incertezas do mercado com relação ao custo de aquisição do boi magro e os preços de venda do boi gordo projetado para a entressafra.
Estas são as principais informações do primeiro levantamento anual sobre intenção de confinamento da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon). A entidade ouviu 50 confinadores associados em nove estados (MS, MT, GO, SP, RJ, MG, MA, PR e PA), entre os dias 19 de abril e 07 de maio. O resultado aponta uma situação curiosa: apesar de projetar queda de 5,89% no rebanho confinado total em comparação com os números de 2009, a pesquisa mostra realidade diferente entre os pequenos e médios confinamentos e o grupo dos grandes confinamentos.
Segundo Bruno Andrade, zootecnista da Assocon e responsável técnico pela pesquisa, o primeiro grupo (médios e pequenos), caracterizado por pecuaristas com sistemas próprios de cria e recria, é menos dependente do mercado para preencher as vagas no confinamento. Esse grupo já conta com 84,86% do gado no curral e a projeção é crescer em torno de 8,5%. Por outro lado, os grandes confinamentos, que preenchem suas vagas com parcerias ou aluguel de currais para terceiros, projetam queda de 16,46%. Este grupo conta com 45,13% do gado comprado e/ou acordado.
Preocupação comum a todos os confinadores entrevistados é o movimento dos frigoríficos para ampliar suas estruturas de confinamento e preencher suas escalas na entressafra. Em relação à estratégia de vendas para 2010, 24% dos pecuaristas disseram que já fizeram ou farão ‘hedge’ (trava de preços) na BMF&Bovespa e 15% negociarão diretamente com os frigoríficos (mercado a termo). Os abates do gado confinado ficarão concentrados no segundo semestre de 2010, sendo 75% do total entre setembro e dezembro.
Alimentação estável – Fato positivo do levantamento da Assocon é que os custos da alimentação do gado permaneceram estáveis. “Muitos associados disseram estar conseguindo formular boas dietas com preços razoáveis. Em média o custo em reais por animal/dia gira em torno de R$ 3,41”, informa Bruno Andrade.
Com este cenário, a Assocon recomenda ao pecuarista cuidado com o excesso de exposição ao mercado. De acordo com o especialista da entidade, existe tendência de aumento do número de animais confinados por parte dos frigoríficos, tentando reverter essa possível queda do setor produtivo (pecuaristas). Se confirmada esta previsão, o final da entressafra poderá apresentar preços depreciados, diminuindo a rentabilidade da atividade. Já em relação ao custo de aquisição do boi magro, a Assocon entende que se não houver recuo dos preços ou o valor do boi gordo não aumentar, possivelmente o confinamento será menor do que o previsto no primeiro relatório de intenção. As informações são de assessoria de imprensa.
Fonte: Clipping Eletrônico ASSOCON | segunda-feira | 17 | maio | 2010 | edição 549
(Portal Agronlink- RS -14.05) (Portal BeefPoint- SP- 14.05) (Portal Rural Centro- MS - 14.05) (Portal Sindicato Rural de Três de Maio- 16.05)
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