quarta-feira, julho 21, 2010

Continuação dos mitos ( Mito #5)


MITO #5:



Quem come carne tem taxas mais altas de: doenças do coração, de rim, câncer, obesidade e osteoporose do que os vegetarianos. Tais estupefatas alegações são difíceis de conciliar com fatos históricos e antropológicos. Todas as doenças mencionadas são, basicamente, problemas do século XX, entretanto as pessoas têm comido carne e gordura animal há milhares de anos.

Além disso, há vários povos nativos em todo o mundo (innuits, masais, suíços, gregos, etc.) cujas dietas tradicionais são muito ricas em produtos animais, mas não sofrem dos problemas citados. (18) Isto mostra que há outros fatores, que não os alimentos do reino animal, envolvidos nessas doenças. Vários estudos supostamente mostraram que o consumo de carne seria a causa de doença de coração, do câncer e de fraqueza óssea, mas tais estudos, quando avaliados de forma mais profunda, não conseguem provar tais achados (19).

Por exemplo, os estudos que supostamente provaram que o consumo de carne entre o povo Innuit causaria taxas altas de osteoporose, não apontou outros fatores dietéticos que contribuíram para a perda óssea (e para as outras doenças crônicas listadas no mito #5). Fatores como o consumo de açúcar refinado, alcoolismo e de junk food geram mais perda óssea do que a carne real, aliás, substituída pela proteína texturizada em pó! (Provavelmente de soja, NT.) (20).
Certamente, quando a proteína é consumida de modo antinatural, separada dos outros nutrientes lipossolúveis requeridos para sua absorção e assimilação, essa forma de consumo traz problemas. Por causa disto, o uso atual de proteína em pó sem gordura como "suplemento alimentar”, assim como o leite semidesnatado ou desnatado (sem gordura) deveriam ser absolutamente evitados. Retirar a gordura visível de carnes e a remoção da pele de aves (galinha, pato, peru etc.), antes de comer, também deveria ser desencorajado.

 Apesar das alegações de que estudos mostrariam que o consumo de carne aumentaria o risco para doença de coração (21), seus autores na verdade acharam o contrário. Por exemplo, em uma análise de 1984, com os estudos de 1978 com adventistas do Sétimo Dia (que são na maioria vegetarianos), H. A. Kahn concluiu: "embora nossos resultados acrescentam alguns fatos significativos à questão da relação dieta-doença, nós reconhecemos quão distantes eles estão no sentido de provar, por exemplo, que homens que freqüentemente comem carne ou mulheres que raramente comem salada estão encurtando suas as vidas" (21). A uma conclusão semelhante foi chegada por D.A. Snowden (21).

 Apesar desses achados surpreendentes, os estudos concluíram exatamente o contrário e as pessoas estimuladas a reduzir alimentos de origem animal em suas dietas. Além disso, ambos os estudos levantaram alguns dados sobre as dietas que claramente não demonstraram qualquer conexão entre ovos, queijo, leite integral, e gordura junto à carne (alimentos com alto teor de gordura e colesterol) e a doença de coração. O estatístico Dr. Russel Smith concluiu: "De fato o estudo de Kahn [e de Snowden] se tornaram mais um exemplo de resultados negativos dos dados que divulgados e mal interpretados como suporte às afirmações politicamente corretas de que os vegetarianos têm maior longevidade." Quando todos os dados são adequadamente computados, as diferenças atuais de doença de coração entre os vegetarianos e não-vegetarianos nestes estudos foram menor do que 1%: valores insignificantes (22).

 Deveria ser sublinhado que os estudos são freqüentemente feitos com indivíduos Adventistas do Sétimo Dia nas análises com populações para provar que uma dieta vegetariana é mais saudável e é associada com riscos menores para a doença de coração e para o câncer (porém leia o último parágrafo desta seção). Embora seja verdade que a maioria dos membros dessa congregação Cristã não come carne, eles também não fumam, não bebem etílicos, nem café ou chá, fatores que podem estar envolvido no câncer e na doença de coração (23).

 Os mórmons compõem um grupo religioso frequentemente negligenciado nos estudos dos vegetarianos. Embora sua religiosidade pregue a moderação, os mórmons não se privam de carne. O fundador do Mormonismo, Joseph Smith, declarou que uma dieta destituída de produtos animais como "não de Deus." Assim como os Adventistas, os mórmons evitam tabaco, álcool, e a cafeína. Apesar de serem consumidores de carne, um estudo com os mórmons de Utah mostrou que eles têm uma taxa 22% menor que a média geral para o câncer, e 34% menor para a mortalidade de câncer de cólon em relação à média dos EUA (24).

Um estudo com Porto Riquenhos, que comem grandes quantias de carne gorda suína, não obstante, revelou taxas muito baixas de câncer de cólon e de mama (25). Resultados semelhantes podem ser adicionados para demonstrar que o consumo de carne, isoladamente, não tem correlação com câncer, doença do coração, osteoporose, doença de rim, ou obesidade (26). Obviamente, outros fatores estão envolvidos.

É muito comum ser alardeado que os vegetarianos têm que taxas menores de câncer do que os consumidores de carne, mas um estudo de 1994, com californianos adventistas do Sétimo Dia (que são geralmente vegetarianos) demonstrou que, embora eles tivessem taxas mais baixas para alguns cânceres (por exemplo, mama), eles apresentavam taxas significativamente maiores de vários outros tipos de câncer (cérebro, pele, útero, colo e ovário)! (27).


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segunda-feira, julho 19, 2010

Fazendas lá, ambientalistas aqui


ESSA VALE A PENA LER! (Jornal O Estado de S. Paulo, Opinião/SP). 19/07/2010
Para que fique bem entendido!
 
Solicitado por vários leitores a voltar ao tema das ONGs, mostrarei a vinculação entre os "fazendeiros" americanos e a atuação de ONGs ambientalistas no Brasil. Trata-se de uma curiosa conjunção entre o agronegócio americano, ONGs ambientalistas (aqui, evidentemente), grandes empresas, governos e "movimentos sociais" no País.
A National Farmers Union (União Nacional dos Fazendeiros) e a Avoided Deforestation Partners (Parceiros pelo Desmatamento Evitado), dos EUA, encomendaram um estudo, assinado por Shari Friedman, da David Gardiner & Associates, publicado em 2010, para analisar a relação entre o desmatamento tropical e a competitividade americana na agricultura e na indústria da madeira. O seu título é altamente eloquente: Fazendas aqui, florestas lá.

O diagnóstico do estudo é que o desmatamento tropical na agricultura, pecuária e de florestas conduziu a uma "dramática expansão da produção de commodities que compete diretamente com os produtos americanos". Ou seja, é a competitividade do agronegócio brasileiro que deve ser diminuída para tornar mais competitivos os produtos americanos. O estudo é tão detalhado que chega a mostrar quanto ganhariam os Estados americanos e o país como um todo. E calcula que o ganho americano seria de US$ 190 bilhões a US$ 270 bilhões entre 2012 e 2030.

As campanhas pela conservação das florestas tropicais e seu reflorestamento não seriam, nessa perspectiva, uma luta pela "humanidade". Elas respondem a interesses que não têm nada de ambientalistas. Ao contrário, o estudo chega a afirmar que os compromissos ambientalistas nos EUA poderiam até ser flexibilizados segundo as regras atuais, que não preveem nenhum reflorestamento de florestas nativas, do tipo "reserva legal", só existente em nosso país. Também denomina isso de "compensação", que poderia ser enunciada da seguinte maneira: mais preservação lá (no Brasil), menos preservação aqui (nos EUA).
Cito: "Eliminando o desmatamento por volta de 2030, limitar-se-iam os ganhos da expansão agrícola e da indústria da madeira nos países tropicais, produzindo um campo mais favorável para os produtos americanos no mercado global das commodities." Eles têm, pelo menos, o mérito da clareza, enquanto seus adeptos mascaram suas atividades.
Esse estudo reconhece o seu débito com a ONG Conservation International e com Barbara Bramble, da National Wildlife Federation, seção americana da WWF, igualmente presente em nosso país.
A Conservation International é citada duas vezes na página de agradecimentos, suponho que não por suas divergências. Mas ela publica em seu site um artigo dizendo-se contrária ao estudo. A impressão que se tem é a de que se trata de um artifício retórico para se desresponsabilizar das repercussões negativas desse estudo em nosso país e, em particular, na Câmara dos Deputados. Logicamente falando, sua posição não se sustenta, pois ao refutar as conclusões do artigo não deixa de compartilhar suas premissas. A rigor, não segue o princípio de não-contradição, condição de todo pensamento racional.

Por que não defende a "reserva legal" nos EUA e na Europa, segundo os mesmos princípios defendidos aqui? Seria porque contrariaria os interesses dos fazendeiros e agroindustriais de lá? Entre seus apoiadores se destacam Wall Mart, McDonald"s, Bank of America, Shell, Cargill, Kraft Foods Inc., Rio Tinto, Ford Motor Company, Volkswagen, WWF e Usaid. Os dados foram extraídos de seu site internacional.
Barbara Bramble é consultora sênior da National Wildlife Federation, a WWF americana. Sua seção brasileira segue os mesmos princípios e modos de atuação, tendo o mesmo nome. Se fosse coerente, deveria lutar para que os 20% de "reserva legal", a ser criada nos EUA e na Europa, fossem dedicados à wildlife, a "vida selvagem". Entre seus apoiadores e financiadores (dados extraídos de sua prestação de contas de 2009), destacam-se o Banco HSBC, Amex, Ibope, Natura, Wall Mart, Conservation Internacional, Embaixada dos Países Baixos, Greenpeace e Instituto Socioambiental (ISA). A lista não é exaustiva. Observe-se que a ONG Conservation International reaparece como parceira da WWF.
Ora, essa mesma consultora é sócia-fundadora do ISA, ONG ambientalista e indigenista. A atuação dessa ONG nacional está centrada na luta dita pelo meio ambiente e pelos "povos da floresta". Advoga claramente pela constituição de "nações indígenas" no Brasil, defendendo para elas uma clara autonomia, etapa preliminar de sua independência posterior, nos termos da Declaração dos Povos Indígenas da ONU.
Ela, junto com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), possui o mais completo mapeamento dos povos indígenas do Brasil. Sua posição é evidentemente contrária à revisão do Código Florestal. Dentre seus apoiadores e financiadores, destacam-se a Icco (Organização Intereclesiástica de Cooperação para o Desenvolvimento), a NCA (Ajuda da Igreja da Noruega), as Embaixadas da Noruega, Britânica, da Finlândia, do Canadá, a União Europeia, a Funai, a Natura e a Fundação Ford (dados foram extraídos de seu site).
O ISA compartilha as mesmas posições do Cimi, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do MST. Ora, esses "movimentos sociais", verdadeiras organizações políticas de esquerda radical, por sua vez, seguem os princípios da Teologia da Libertação, advogando pelo fim do agronegócio brasileiro e da economia de mercado, contra a construção de hidrelétricas e impondo severas restrições à mineração. Junto com as demais ONGs, lutam por uma substancial redução da soberania nacional.
Dedico este artigo aos 13 deputados, de diferentes partidos, e às suas equipes de assessores que tão dignamente souberam defender os interesses do Brasil, algo nada fácil nos dias de hoje.


(Jornal O Estado de S. Paulo, Opinião/SP). 19/07/2010


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Setor do agronegócio foi o que mais gerou empregos em 2010


Em parte devido à produtiva safra de grãos prevista para 2010, com 146,92 milhões de toneladas, as zonas rurais brasileiras foram as que mais empregaram trabalhadores com carteira assinada no primeiro semestre. As informações foram divulgadas na quinta-feira (15) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
“Não sou especialista, mas vamos ter uma safra recorde de grãos este ano e isso ajuda a produção e a contratação”, comentou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O crescimento dos empregos registrados no mês passado em atividades do agronegócio foi 3,5% maior em relação a maio. Em junho, o setor de agricultura gerou 55,367 mil novos postos de trabalho.
De acordo com os números do Caged, as áreas metropolitanas foram responsáveis pela criação líquida de 513.530 postos de trabalho de janeiro a junho, enquanto o interior gerou 677.585 postos no mesmo período.
(Jornal de Uberaba/Agronegócios/MG).  

Senhores candidatos a presidência! Faço-lhes a seguinte pergunta: O que será feito em relação aos investimentos na área do agronegócio? Os números não mentem, será que não está na hora de o real valor para o homem do campo? eai?



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sexta-feira, julho 16, 2010

Boi "Europa" vale o mesmo que boi "comum"




Em muitos frigoríficos, o "boi Europa" (bovinos provenientes de fazendas cadastradas na lista Trace e aptos a serem exportados para a União Européia) vale o mesmo que o boi "comum".

O prêmio no pagamento por este tipo de animal já chegou a mais de 10% em momentos de oferta reduzida, especialmente quando o cadastro das fazendas na lista Trace estava no início.

No ano passado o ágio caiu no segundo semestre e ficou em torno de 3% a 5% em agosto, beirando 1% no ápice do confinamento de 2009 (outubro e novembro).

Neste ano a situação se repete. Isso porque a maior parte das fazendas cadastradas na lista Trace realizam o confinamento e a oferta deste tipo de animal aumenta no segundo semestre.

Atualmente, em boa parte dos frigoríficos não há ágio no pagamento pelo "boi Europa". Quando muito, dependendo do frigorífico e do estado, existe um ágio de 2%.

Com o pequeno ágio ou a ausência dele, muitos pecuaristas alegam que não há vantagem no esforço para o cadastro e manutenção das fazendas na lista Trace.

Por Maria Gabriela O Tonini

Fonte: Scot Consultoria


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Curto e gorsso, é nisso que dá, aquela velha frase "é pra inglês ver". Espero que em um futuro não muito longe a "liga dos produtores rurais" descubram e tamanho do seu poder! Faz tudo do jeito que os frescos querem! Aí pagam o que acham?!? até quando?!


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quinta-feira, julho 15, 2010

Justiça rastreará terras compradas por empresas controladas por estrangeiros


Os cartórios de registro de imóveis precisarão informar aos tribunais de Justiça todas as terras que forem compradas por empresas brasileiras controladas por estrangeiros. A decisão é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também determinou que as informações sejam prestadas a cada três meses. O dado mais recente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aponta que mais de 4 milhões de hectares (cerca de três vezes o tamanho da cidade de São Paulo) estão sob posse de pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras. Entretanto, o número não engloba as terras que se encaixam na modalidade que passará a ser rastreada pela Justiça a partir de agora.
 
A decisão do CNJ é resultado da uniformização do entendimento da Lei nº 5.709 que regula as terras compradas diretamente por estrangeiros, agora aplicada também no caso das terras compradas por empresas nacionais controladas por estrangeiros. Pela lei, a aquisição de imóvel rural por pessoa física estrangeira não poderá exceder a 50 módulos de exploração indefinida, em área contínua ou descontínua.

Também diz que a soma das áreas rurais pertencentes a pessoas estrangeiras não pode ser maior que um quarto da superfície dos municípios onde se situem. Caso esses limites sejam ultrapassados, as aquisições de terras poderão ser anuladas. A lei ainda determina que os tabeliães que não informarem a Justiça sobre essas compras de terras podem perder o cargo.

FONTE (Agrosoft)

Agência Brasil
Débora Zampier - Repórter
Aécio Amado - Edição


Links referenciados

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
www.incra.gov.br

Conselho Nacional de Justiça
www.cnj.jus.br

Agência Brasil
www.agenciabrasil.gov.br

Lei nº 5.709
www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L5709.htm

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quarta-feira, julho 14, 2010

Boi gordo segue com preços firmes



A baixa oferta mantém o boi gordo valorizado em praças brasileiras. Alguns poucos lotes surgiram no final da semana passada para atender a uma escala imediata, mas a oferta de modo geral segue abaixo do normal. Como conseqüência, as escalas de abate seguem curtas e o atacado da carne enxuto, com preços em patamares
Recordes para o período.
Em São Paulo, a arroba é negociada entre R$ 82 e R$ 83 em média, livre, a prazo. No atacado da carne bovina, o corte traseiro atingiu R$ 6,70 o quilo, patamar
recorde para julho, enquanto o dianteiro se manteve firme em R$ 4,50 o quilo. A demanda interna é o ponto em evidência neste momento e a oferta precisa se ajustar a este perfil. No mercado externo, a carne bovina registrou o melhor embarque em doze meses DO mês de junho, com 173 mil toneladas em equivalente carcaça. O resultado só não foi melhor devido às restrições de vendas de carne industrializada para os EUA em vigor ao longo do período.
Esta situação no volume de embarques de carne bovina brasileira pode ser considerada discreta no momento em que avaliamos a ausência da Argentina nas exportações e em que o Uruguai também enfrenta alguma dificuldade em elevar volumes de vendas. Em parte, esta condição ajustada de oferta interna nesta safra 2010 e preços ainda sustentados no boi gordo, bem como os bons preços do atacado, vão lambem inibindo uni maior destino de carne bovina para a exportação.
Mesmo assim, o mercado internacional comprador e os volumes vão melhorando lentamente. No ano, as vendas externas acumulam crescimento de 2,4%, com receita 24% maior, em US$2,2 bilhões. No entanto, é importante focar em fundamentos para o mercado nos próximos meses. O quadro de 2010 é de oferta ajustada à demanda e não será diferente na entressafra.
A seca nas regiões produtoras era uma previsão, agora é fato. A tendência é que se prolongue na primavera, com este indicador passando a exercer condições para a oferta. O mercado também terá um novo teste para os preços em agosto, quando teremos uma virada de mês seguida de data festiva, o Dia dos Pais.
Este período demonstra consistência de consumo e há baixa oferta. Agosto se aproxima e2010 não sugere ser diferente. Dentro deste ambiente, nota-se que o spread de R$ l a arroba no contrato futuro de outubro na BM&F sobre o mercado à vista é discreto frente a o perfil desta entressafra. Porém, serve para quebrar expectativas de alta e forçar a realização de contratos a termo no físico. 

(Jornal DCI, Mercadorias/SP – 14/07/2010)

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quarta-feira, julho 07, 2010

Programa melhora qualidade da carne




Programa melhora qualidade da carne
 
Programa da Embrapa, que prega boas práticas de produção, facilita também a venda do produto para o exterior
Está pronta a receita que garante qualidade à carne bovina brasileira e o consumo de um produto mais nutritivo, saboroso, macio e suculento. Baseada em programa lançado há cinco anos pela Embrapa Gado de Corte, a fórmula foi consolidada na metade de 2010. No início atenderia apenas a Mato Grosso do Sul, mas acabou sendo aplicada no País. "O gado não pode mais ser criado tomando água suja de açude", diz o pesquisador da Embrapa Gado de Corte Ezequiel Rodrigues do Valle, coordenador do Programa de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) ? Bovinos de Corte. "Gado gosta de alimento nutritivo, saboroso, água limpa e fresca, sombra para aliviar o calor. E responde com perda de peso aos maus tratos, principalmente no transporte inadequado."

Fortalecimento. O programa tem por objetivo fortalecer o setor produtivo, aumentando a rentabilidade, preservando o ambiente e garantindo, na ponta da cadeia, um alimento saudável, seguro e saboroso.
O esboço do que seria o BPA estava pronto em 2003, quando os pesquisadores iniciaram estudos para torná-lo realidade, o que ocorreu em 2005, em pleno ano de confirmação do avanço da aftosa no Estado. Na época, as propostas eram tidas como ilusórias, até para os pecuaristas mais tecnificados. A questão do custo pesou para o pessimismo, aliada a fatos anteriores, com projetos alvissareiros que não cumpriram o que propunham. "O gasto exigido pelo BPA depende das condições da fazenda. Quanto piores, maiores." Valle afirma que as fazendas mais tecnificadas que aderiram ao BPA "saíram na frente, quase com custo zero, mesmo antes da fase alcançada este ano, que é a consolidação do programa".
No estágio atual está havendo a transferência de tecnologia para empresas e entidades do setor. À Embrapa cabe, agora, a vistoria sobre os procedimentos. Hoje, 300 propriedades nos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e extremo Norte do País estão no programa. Em Mato Grosso do Sul, quatro fazendas já passaram por todas as fases. São a Maragogipe e Erechim, em Itaquiraí; Primavera, em Guia Lopes da Laguna e Souza Cuê, em Iguatemi.
Treinamento. 

O treinamento aborda os pontos principais: gestão da propriedade, função social do imóvel rural, responsabilidade social, gestão ambiental, instalações rurais, manejo pré-abate e bons tratos ao rebanho, formação e manejo de pastagens, suplementação alimentar, identificação animal, controle sanitário e manejo reprodutivo. Com tais conhecimentos, reduzem-se riscos trabalhistas e ambientais, além de melhorar a qualidade da carne e do couro. Na fase final, a fazenda recebe um certificado da Embrapa Gado de Corte, que endossa o que interessa ao mercado ? a qualidade da carne.
 
(O Estado de S.Paulo – SP – Agrícola)


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Interconf 2010 - Inscrições Abertas

Agenda


14 de SETEMBRO – Terça Feira


07:00 – 08:30
Credenciamento
08:30 – 09:00
Abertura Oficial

Painel Panorama Economia Global
Moderador: Sérgio de Zen / DSc / ESALQ-CEPEA / Professor
09:00 – 09:40
Palestra “Panorama da economia global” Jay Fabiosa / PhD / FAPRI-ISU / Vice Presidente
09:40 – 10:20
Palestra Máster ELANCO “O uso de tecnologias e a geração de uma pecuária brasileira sustentável e produtiva”
10:20 – 11:00
coffe break

Painel Regulatório x Competitividade
Moderador: Fabio Dias / MSc / Assocon / Diretor
11:00 – 11:40
Palestra “Impacto econômico do uso de tecnologias melhoradoras de desempenho na produção de bovinos confinados: o que pode e o que não pode nos países que mais confinam gado” David P. Hutcheson / PhD / Texas Agr. Exp. Sta. / Professor
11:40 – 12:20
Debate “Qual a melhor abordagem para o controle do uso de tecnologias melhoradoras de desempenho: Restringir/Proibir X Análise de risco/Segregação da produção”
12:20 – 14:00
Almoço/Café lounge
14:00 – 14:40
Palestra Máster – FRIGORÍFICO MATABOI
14:40 – 15:20
Palestra “Brasil: os novos desafios do futuro maior produtor de alimentos do mundo” Alexandre Mendonça de Barros / PhD / FGV / Professor
15:20 – 16:00
coffe break

Painel Evolução do Mercado Brasileiro
Moderador: Rodrigo Penna / Assocon / Diretor
16:00 – 16:30
Restaurante: A busca da carne ideal… Peter Ronderbeck/Outback Steakhouse
16:30 – 17:00
Supermercado: O que significa a carne para uma loja? Arnaldo Eijsink / Presidente Grupo JD
17:00 – 17:30
Indústria Processadora: Qual a melhor carne?
17:30 – 18:30
Debate em busca da carne ideal
18:30 – 20:00
Coquetel lounge


15 de SETEMBRO – Quarta Feira

Painel Técnico
Moderador: Dante Lanna / PhD / ASSOCON / Diretor Técnico
08:00 – 08:40
40 Palestra Máster – DOW AGROSCIENCES “Beeftrade: modalidade de compra de insumos referenciada em arrobas de boi gordo” Cesar Vieira – Gerente de Commodities da Dow AgroSciences
08:40 – 09:20
Estudo de Caso – Confinamento Brasileiro – Marca Agropecuária – Barra do Garças/MT Eduardo Alves de Moura / Marca Agropecuária / Proprietário
09:20 – 10:00
Palestra Máster – TORTUGA “Importância da nutrição mineral em confinamento de gado de corte” Luis Fernando Tamassia / Tortuga / Gerente Pesquisa & Desenvolvimento
10:00 – 10:40
coffe break
11:40 – 11:20
Estudo de Caso – Confinamento Americano
11:20 – 12:00
Palestra Máster JOHN DEERE Incremento da qualidade na forragem e as relações com as máquinas utilizadas Pablo Cattani / JOHN DEERE / Consultor na América do Sul
12:00 – 12:20
Perguntas
12:20 – 14:00
Almoço/Café lounge
14:00 – 14:40
Palestra “When Steam Flaking Grains is the alternative to improve feedlot results” Jim Simpson / MSc / Simpson Nutrition Services / Presidente

Painel Novos Mercados
Moderador: Eduardo Moura / Marca Agropecuária / Proprietário
14:00 – 14:40
Palestra “To Beef or not Beef: Constraints and potential for the Production and Export of Beef from India” K. N. Nair / PhD / Centro de Estudos de Desenvolvimento em Kerala / Professor
14:40 – 15:20
Palestra “Understanding Chinese beef production, domestic markets and its implication for Brazilian beef industry” Dong Wang / PhD / Macquarie Generation / Economista
15:20 – 16:00
Perguntas Novos Mercados
16:00 – 16:30
coffe break

Painel Político
16:30 – 18:30
Apresentação plano de governo para pecuária em 2011
18:30 – 20:00
Happy Hour com apresentação musical


16 de SETEMBRO – Quinta Feira


Dia de Campo Interconf – aguarde a programação


Maiores Informações entre no site http://www.interconf.org.br/