domingo, novembro 28, 2010

Porque o boi subiu tanto e o que esperar pela frente?

 Por: Miguel da Rocha Cavalcanti
Engenheiro Agrônomo pela Esalq/USP, pecuarista e Diretor de Marketing da AgriPoint
twitter: @mcavalcanti

Essa semana fiz uma apresentação para uma série de analistas de investimentos em São Paulo, a convite do Citibank. A principal pergunta foi: porque o boi subiu tanto? Esse artigo é uma reflexão sobre os pontos apresentados e uma busca por entender o que pode acontecer daqui em diante.

O mercado do boi gordo é influenciado por uma série de fatores que interligados formam o preço do boi. Vou tentar listar e avaliar cada um deles.

Do lado da demanda, a economia mundial, em especial os países emergentes, está em recuperação, com aumento da demanda por todo tipo de produto, com destaque para alimentos de maior qualidade, como carnes e lácteos. No Brasil, o consumo segue muito aquecido. Mercado interno e externo demandam mais carne bovina. Isso é um fator altista. Vale lembrar que o Brasil é o segundo país com maior paridade de poder de compra segundo o índice BigMac da revista The Economist. Esse índice é calculado duas vezes ao ano e compara o preço do sanduíche mais famoso do McDonalds em diferentes lugares do mundo. O preço brasileiro, em outubro, era o segundo mais caro do mundo, abaixo apenas da Suíça.

As exportações estão firmes, bem acima dos valores de 2009 no acumulado do ano e no mercado interno, o consumo está ainda mais aquecido. Devido a facilidade de se medir numericamente as exportações e a cotação do dólar, acabamos prestando mais atenção a esses dois indicadores do que ao consumo interno, que representa por volta de 80% da produção brasileira. A força do consumo interno é um fator cerca de quatro vezes mais importante que as exportações.

Do lado da oferta, temos uma série de fatores altistas, uns de longo prazo e outros de curto prazo. O abate de fêmeas se elevou muito de 2002 a 2007, com destaque para os anos 2005, 06 e 07. Nesse período, o pecuarista desinvestiu, vendeu ativos (vacas) para pagar seus custos. Isso gerou preços ainda piores no período, pela maior oferta de carne (de vaca) no mercado, e agora gera a escassez de bezerros para reposição.

O aumento da produção de carne bovina nos últimos 10 anos se deu mais pelo abate de fêmeas do que pelo maior número de machos abatidos. Isso está cobrando seu preço agora.

O aumento da eficiência e produtividade da recria e engorda (a pasto e em confinamento) ajudaram a pressionar ainda mais a falta de gado para abate hoje, pois no período que tivemos maior abate de fêmeas, a maior produtividade alongou o ciclo de baixa, pois mais tecnologia significa mais carne com menos gado. Além disso, a tendência é que o ciclo de produção fique mais curto, com o maior uso de tecnologia, pois leva-se menos tempo a produzir um animal.

O ciclo de baixa mais longo gera um ciclo de alta mais intenso, mais forte ou mais duradouro. É claro que uma das saídas é o uso ainda maior de tecnologia, como estamos vendo na cria o crescimento da IATF, por exemplo.

O longo ciclo de produção do gado de corte torna mais difícil, caro e demorado recompor o rebanho. O mundo produtor de carne bovina está cada vez mais consciente que produzir carne bovina é mais caro, mais difícil e mais demorado do que outras carnes como frangos, suínos e aves.

Outro fator importante, e muitas vezes esquecido, é o impacto das mudanças ambientais na pecuária. Desde que se começou a criar gado de corte no Brasil, se expande a área, se abre novas fazendas.

Essa era a realidade do Brasil e que não acreditamos que vá continuar assim, pelo menos nos próximos 10 anos. Pela primeira vez na história da pecuária de corte brasileira, vamos ter uma grande dificuldade de expansão da área de pastagens, de abrir novas fazendas. Isso é visto por quem quer abrir novas fazendas, mas é muito positivo para quem já tem áreas abertas. Sem novas áreas, a fonte de gado barato seca. Teremos menos oferta, vindo de novas fazendas. Em especial no mercado de bezerros, isso causa um impacto muito forte. E a agricultura tem crescido em áreas de pastagens.

Tudo isso levou a um longo período em que o gado teve queda real (deflacionada) no seu valor. De 1999 a 2006, o preço da arroba deflacionada caiu. Isso não aconteceu apenas com o gado. A tendência histórica das commodities agrícolas e não agrícolas era de queda de preço. O mundo passou por décadas em que a produção crescia mais facilmente que a demanda, ou seja, um cenário vendedor. E agora, com o rápido crescimento da demanda dos emergentes, estamos vivendo um mercado comprador.

Para complicar a situação da oferta (impactada por fatores de longo prazo como abate de fêmeas e restrições ambientais), esse ano o confinamento foi menor, pois os preços futuros no primeiro semestre não indicavam viabilidade econômica para a atividade em muitos casos. E por último, a seca desse ano foi mais intensa do que no ano passado, em especial no MT e GO.

Tudo isso contribuiu ainda mais para a redução da oferta e para preços máximos quase na casa dos R$120/@. Para surpresa de todos, o preço da carne sustentou o preço do boi gordo, uma comprovação que realmente o poder de compra, o apetite por carne pelo brasileiro, está bem alto. Nem as exportações recuaram, em outubro/10 vendemos o mesmo volume de setembr/10, com preço médio 8% maior. Em relação a outubro/09, vendemos 7% menos em volume, mas com preço médio 30% superior.

E 2011? Minha avaliação para o ano que vem é que o consumo interno e externo vão se manter firmes, em crescimento. Isso é muito positivo para o preço do boi e da carne. Do lado da oferta, teremos uma produção um pouco maior que em 2010, pois o cenário de preços é mais convidativo ao uso de tecnologia e confinamento. Vale lembrar que com exceção da seca (que não sabemos como será em 2011) e do confinamento, os demais fatores continuam válidos para o ano que vem.

Para finalizar, uma consulta, avaliando o cenário do ano que vem. Faz sentido termos preços do boi para safra 2011 (abril-maio) abaixo de R$90/@? Faz sentido termos preço do boi para entressafra (outubro-11) abaixo de R$100? Me parece que essa é a faixa mínima que vamos trabalhar ano que vem.
Fonte: http://www.beefpoint.com.br/?noticiaID=67783&actA=7&areaID=15&secaoID=123

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quarta-feira, novembro 17, 2010

Atraso no plantio vai enxugar a oferta de soja em MT em janeiro


A escassez de chuvas em Mato Grosso despertou forte preocupação nos produtores rurais ao adiar o plantio da soja por algumas semanas. Mas os efeitos do fenômeno "La Niña" sobre o mercado do grão deverão ser ainda mais acentuados em janeiro de 2011, quando deveria ser iniciada a comercialização da soja produzida no Estado.
 
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima que esse atraso no plantio provocará uma redução de 75% na oferta de soja do Estado, o maior produtor do país, no primeiro mês do ano que vem.
Se confirmado, o cenário deverá incrementar a disputa pela oleaginosa no mercado interno, o que implicará custos adicionais a indústrias esmagadoras, em virtude da ociosidade das fábricas, e obrigará tradings a comprar soja em outras regiões para cumprir seus contratos no exterior.
 
Ocorre que Mato Grosso domina a oferta de soja em janeiro. Apenas algumas poucas regiões de Goiás e do Paraná também entram no mercado no início do ano. Por isso, os prêmios da soja brasileira no mercado externo já subiram, passando de US$ 0,49 para US$ 0,77 por bushel na comparação entre março deste ano com o mesmo mês de 2011.
 
Essa diferença tende a ficar "descolada" por mais tempo do mercado internacional, o que deverá inclusive influenciar o mercados futuro na bolsa de Chicago, principal referência global para as cotações do grão. "Ou seja, quem tiver soja para oferecer em janeiro, terá uma ótima janela de oportunidades", afirma o superintendente do Imea, Otávio de Melo Celidonio.
 
Um cálculo inédito do Imea também aponta que, mesmo com preços melhores, os produtores deverão deixar de ganhar um adicional de R$ 120 milhões por não ter como oferecer a soja em janeiro. Acontece que, nesta época do ano, os preços costumam ficar 3% acima da média anual, segundo dados da última década compilados pelo Imea.
 
"Estamos vindo de estoques muito baixos, aqui e lá fora, por causa da forte demanda. Assim, o produtor perde oportunidade de fazer mais caixa porque essa soja vendida em janeiro tem alta liquidez", analisa o diretor-executivo da federação estadual da Agricultura, Seneri Paludo.
 
A oferta em Mato Grosso deve recuar de 4,072 milhões para 1,001 milhão de toneladas na comparação entre janeiro de 2010 e o mesmo mês de 2011. A média histórica dessa oferta em meses de janeiro é de 2 milhões de toneladas. A soja vendida em janeiro é direcionada para o esmagamento doméstico.
 
A oleaginosa também é um produto de maior risco climático porque é semeada assim que começam as primeiras chuvas, o que em Mato Grosso costuma ocorrer, em anos normais, em meados de setembro Por isso, os produtores deixam para vender o grão na "boca" da safra, quando podem obter melhores cotações. "Haverá disputa entre exportações e mercado interno. Eles também precisam dessa soja lá fora", afirma Seneri Paludo.
 
Hoje, apenas 31% da área de soja está plantada - em 2009, eram 51%. Não fosse esse atraso no plantio, o produtor poderia ter vendido muito mais para aproveitar os ótimos preços internacionais, em alta sustentada desde o início da atual safra 2010/11, iniciada em junho.
 
No Estado de Mato Grosso, 45% da safra já foi vendida ante 29% de igual período do ano passado. "Quem não vendeu nada e não travou o preço [na bolsa], vai ter bônus. Porque talvez nem tenha soja em janeiro, só em fevereiro", diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira. "Mas para outros, vai haver transtornos, porque tem aquela pressão das tradings no mercado interno porque os estoques estão baixos. Vai ser uma loucura de gente querendo receber a soja".
 
A Aprosoja descarta recursos à renegociações de contratos ("washouts"), já que indústrias e tradings não deverão mostrar interesse em abrir disputas para prejudicar as boas relações comerciais. "Ninguém vai querer confusão", avalia Silveira. 
(Jornal Valor Econômico, Agronegócios/SP – 08/11/2010)

Mais Informações sobre cotações da soja e demais commodities

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Uso dos remédios em ração é ligado a superbactérias


Antibióticos misturados em comida de porcos, bois e frangos levam ao surgimento de organismos resistentes, diz pesquisadora
Controlar o uso de antibióticos em pessoas não é suficiente para conter superbactérias, alerta a pesquisadora alemã Kornelia Smalla. Ela defende a redução do uso dessas drogas em animais.
 
Para Smalla, que falou com a Folha na sexta, após palestra no Instituto Oswaldo Cruz, o problema é misturar antibióticos à ração, para estimular o crescimento de porcos, bois e frangos.
A prática, proibida na Europa desde a década de 90, ainda é permitida no Brasil. No ano passado, o senador Tião Viana (PT/AC) apresentou projeto de lei para aboli-la, mas o texto está parado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.
 
Smalla, que é do instituto Julius Kühn, diz que até o uso restrito ao tratamento de doenças traz riscos. Como os animais ficam confinados aos milhares, a ocorrência de uma doença em alguns resulta na distribuição de antibióticos para todos, o que favorece a disseminação das superbactérias.
 
"Algumas têm genes que as protegem dos antibióticos. Quando usamos esses medicamentos, elas são as únicas que sobrevivem", diz. Com o ambiente livre dos outros micróbios, elas passam a se multiplicar de forma rápida, o que eleva o risco de que, um dia, entrem em contato com pessoas com baixas defesas. O resultado são infecções que podem matar.
A situação fica mais grave porque as bactérias trocam informações genéticas: um organismo inofensivo ao homem que se prolifere pela capacidade de resistir a antibióticos contribui para que outro, patogênico, também ganhe essa característica.
 
"O antibiótico não age só sobre os causadores de doenças, mas sobre todas as bactérias." Para enfrentar o problema, ela defende mudanças na criação dos animais, com o fim do confinamento.
 
(Jornal Folha de S. Paulo, Saúde/SP – 08/11/2010) 

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quinta-feira, novembro 11, 2010

CFZ na Área!


CCJ do Senado aprova projeto que cria Conselho Federal de Zootecnia

Marcos Chagas

Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (10) projeto de lei que cria o Conselho Federal de Zootecnia bem como os conselhos regionais. O objetivo das instituições será fiscalizar o exercício da profissão regulamentada por lei federal. Por conter ''um vício de inconstitucionalidade'' uma vez que não cabe ao Congresso e sim ao Executivo criar autarquias e conselhos, o relator Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou emenda de redação que autoriza o presidente a criar esses conselhos.

A matéria vai agora à sanção presidencial. No seu parecer, o relator destacou que existe atualmente 104 cursos de zootecnia no país que já formou 20 mil profissionais. Hoje, o exercício da profissão é fiscalizado pelos conselhos nacional e regionais de medicina veterinária.

Edição: Talita Cavalcante

Fonte: Site Terra

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quinta-feira, outubro 14, 2010

PecForum discute a nova pecuária


O PecForum será realizado nos dias 17 e 18 de novembro de 2010 em Uberlândia (MG), no centro logístico da moderna pecuária bovina brasileira. O evento reunirá mais de 600 pecuaristas de gado de corte de todo o País, além de profissionais ligados à cadeia produtiva da indústria de carnes e do setor de insumos, inclusive do exterior.

"O consumo per capita de carne bovina, embora consolidado nos países ricos, começa a crescer geometricamente nas economias emergentes e constitui um novo desafio para as nações que, como o Brasil, dispõem de áreas, tecnologias e produtores competentes para atender ao crescimento da demanda de proteínas nobres, que a FAO prevê aumentar em mais de 70% nos próximos 40 anos", pontifica Silmar César Müller, consultor de agronegócios, um dos idealizadores do evento e diretor da ProBiz, empresa organizadora do encontro.

O PecForum conta com o apoio das principais entidades pecuárias, como Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), além do Sindicato Rural de Uberlândia e outras. O evento tem ainda o apoio da TV Terraviva, do Grupo Bandeirantes de Comunicação, e do grupo Safras & Mercado, além de importantes empresas fornecedoras de insumos e produtos para a cadeia da carne bovina.

"O Brasil – lembra Müller – é o maior exportador, o segundo maior produtor e consumidor e já é o quarto maior consumidor per capita de carne bovina, com mais de 37 quilos por pessoa/ano, atrás dos Estados Unidos, Argentina e Uruguai. Nos últimos anos, já superamos Austrália (35), Canadá (32) e a média dos 27 países da União Européia (17 quilos)".

"A China emergente, enquanto isso, ainda está em 4 quilos per capita/ano, com imenso potencial pela frente, bastando lembrar que os chineses de Hong Kong já consomem 24 quilos. E os países da África, continente com 1 bilhão de habitantes, com raras exceções sequer figuram ainda no rol dos 30 principais consumidores mundiais. Se lembrarmos que alguns deles, como Angola, estão crescendo em ritmo chinês, é fácil imaginar o imenso potencial de demandas novas que temos pela frente", esclarece o promotor do PecForum.

Somente na próxima década a produção brasileira de carne bovina precisará crescer em mais 2 milhões de toneladas anuais para atender às novas demandas internas e externas, prevê Muller, com base em estudo projetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). "O objetivo do encontro é exatamente a discussão de novas formas de gestão avançada para o crescimento sustentável da produção com rentabilidade para o pecuarista".

O momento da realização do PecForum, entre 17 e 18 de novembro, pós-eleições, é extremamente oportuno por coincidir com um período em que já estarão definidos o novo comando do País nas esferas federal e estadual, que poderão extrair do encontro subsídios fundamentais para seu planejamento, observa Müller.

"É o momento apropriado para um novo posicionamento da pecuária e para os pecuaristas firmarem compromisso com o crescimento sustentável ambientalmente, mas também para reivindicarem suas necessidades de sustentabilidade econômica, com garantia de renda para quem produz".

O evento é também uma excelente oportunidade para empresas com interesses no seu público-alvo. Interessados em patrocínios poderão obter maiores informações pelo e-mail pbeltrao@probiz.com.br.

As inscrições para o PecForum já estão abertas. Os interessados devem consultar o site www.probiz.com.br/pecforum, ou enviar e-mail para: contato@probiz.com.br ou ainda entrar em contato pelo telefone (11) 3755-0799.

FONTE
Texto Assessoria de Comunicações
Telefone: (11) 2198-1888

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quinta-feira, outubro 07, 2010

Filme sobre Temple Grandin

 

O filme "Temple Grandin" roubou a cena, foi aclamado e premiado no Emmy para a televisão de 2010."Temple Grandin" é a história real de uma mulher autista que revoluciona abatedouros - algo definitivamente de pouco apelo comercial. O filme teve 15 indicações, das quais sete se transformaram em premiações, sendo três para atores.

 Fonte: http://abatehumanitario.blogspot.com/ 



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quarta-feira, outubro 06, 2010

Fósforo à Vista!


Foi anunciada recentemente a descoberta de uma jazida de fosfato (fósforo) localizada na Serra do Caeté, no Mato Grosso, a 300km de Cuiabá, com potencial de exploração de aproximadamente 450 milhões de toneladas.

A partir do início da exploração, o estado passaria da condição de importador para exportador de minérios. Lembrando que, atualmente, o Brasil importa cerca da metade de todo fósforo utilizado na produção de fertilizantes.

A descoberta faz parte do primeiro relatório do Projeto Fosfato Brasil, do Ministério de Minas e Energia, que há cinco anos realiza no estado o mapeamento geofísico para descoberta de minerais. O Mato Grosso foi o primeiro a aderir ao projeto.

Em artigo recente denominado “Em três fatos o fosfato é a vedete dos últimos tempos”, Richard Jakubaszko e colaboradores destacam a preocupação em relação à escassez de fosfato no mundo.

“O fósforo é um mineral finito e insubstituível, cujas reservas conhecidas e de exploração economicamente viável no presente podem se esgotar num prazo de 90 a 100 anos, se for mantido o ritmo atual de consumo mundial.”

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Comércio, Minas e Energia (SICME), o Mato Grosso consome 610 mil toneladas de fosfato por ano, utilizado, principalmente, na produção de grãos e recuperação de solos degradados.

A produção anual destes grãos custa hoje para o estado R$8 bilhões. Dessa forma, a exploração da jazida poderia representar uma redução dos custos de produção. 

Por Rafael Ribeiro de Lima Filho - Scot Consultoria

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quarta-feira, agosto 18, 2010

Agrotube

www.agrotube.com.br 
 O Agrotube é um serviço de comunicação empresarial diferenciado, que vai atender às empresas e instituições vinculadas ao agronegócio, suprindo uma lacuna latente no segmento: a abertura de um canal de comunicação eficiente em formato audiovisual.

Um dos principais serviços hoje, e mais comuns na assessoria de comunicação para o setor, é o "press release", que são distribuídos, por email e fax, para jornalistas e editores dos veículos de comunicação de massa (jornais, revistas, rádios, TVs, portais web etc.). O Agrotube tem como foco a distribuição de informações no formato de vídeos através da internet. A expectativa é atingir um público bem maior do que, atualmente, se atinge com os "press releases" tradicionais.

O setor de comunicação social está em processo de completa reestruturação no mundo todo. Os jornais e revistas estão evoluindo para suas respectivas versões eletrônicas e se transformando em portais de notícias. Neste contexto, o formato de mídia mais impactante, sem dúvida, é o vídeo.

O Agrotube é um serviço diferenciado, inovador e bastante ousado, oferecido para um setor econômico vigoroso, que é o agronegócio brasileiro. Capacitar, tirar dúvidas, reciclar, enfim, subsidiar o segmento de forma informativa, educativa, clara e com o objetivo de apresentar o melhor conteúdo audiovisual para o crescimento profissional dos envolvidos, desenvolver produtos e serviços, além de dar visibilidade para o empreendimento. Essa é a meta.

O projeto foi concebido e desenvolvido pela Mais Comunicação, empresa de Juiz de Fora (MG) selecionada e qualificada pelo Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/Ministério da Ciência e Tecnologia), por apresentar uma concepção pioneira para a área, com foco em inovação tecnológica. Desta forma, conta com a chancela do Ministério da Ciência e Tecnologia.

A novidade, a distribuição pela internet e o impacto do vídeo frente ao texto e fotos são os grandes pontos fortes do Agrotube. Apostar na ideia é primordial. Sair na frente, vital. Nesse mundo globalizado, é importante investir em mídias alternativas e produtos inovadores. O sucesso é certo!


FICA A DICA!!


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terça-feira, agosto 17, 2010

Carne do futuro pode ser artificial, afirma cientista


 
Governo britânico pediu pesquisas sobre alimentação global em 2050. Com recursos naturais mais caros e escassos, comida desenvolvida em laboratório pode ser a melhor alternativa.
Se você gosta de carne, corra para uma churrascaria, porque renomados cientistas acreditam que em 40 anos não haverá suculentos bifes para todo mundo. Muitos terão de comer carne produzida em laboratório.
 
A advertência faz parte de uma série de 21 artigos científicos encomendados pelo governo britânico para projetar a situação alimentar do mundo em 2050. As conclusões: a população será de 9 bilhões de pessoas, e o consumo per capita de alimentos também crescerá, principalmente nos países em desenvolvimento.
 
Por isso, será necessário aumentar muito a produção de alimentos. Haverá competição por terra e por água, e o preço da comida vai subir.
Nos últimos anos, a tecnologia ajudou. Técnicas de plantio, melhora nas sementes e controle de pragas aumentaram a produtividade.
 
Na pecuária, estudos genéticos, inseminações artificiais e redução de doenças fizeram os animais terem mais peso (30% a mais no caso das vacas desde 1960) e darem mais leite (30% a mais por vaca no mesmo período).
Chegará um momento, porém, em que preconceitos deverão ser deixados de lado. Aí entra a carne artificial, ou produzida em laboratório.
 
"A carne in vitro já se provou factível e pode ser produzida de uma forma mais saudável e higiênica que na pecuária atual", disse Philip Thornton, do Instituto Internacional de Pesquisas em Pecuária de Nairóbi, no Quênia.
 
Estudos sobre carne in vitro começaram há cerca de dez anos. Trata-se de retirar células de um animal vivo e fazer com que se reproduzam até virar tecido muscular. Em janeiro, europeus criaram carne de porco assim.
Curioso é que a discussão surja agora, quando o Reino Unido investiga se a carne de filhos de uma vaca clonada foi aos mercado sem aviso a autoridades e consumidores.
 
Para os cientistas, a necessidade poderá obrigar a população que hoje teme animais clonados a aceitar a carne produzida em laboratório.
 
Fonte:Jornal Folha de S. Paulo, Ciências/SP – 17/08/2010

...::>>>> Será possivel?? questionem!!! expressem suas opiniões,comentem

Abraço a todos!


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segunda-feira, agosto 16, 2010

Formulação de estratégias para a empresa rural


Geração, avaliação e seleção de alternativas estratégicas

Planejar é decidir antecipadamente o que deve ser feito na empresa. O planejamento deve ser elaborado para todos os níveis: estratégico, gerencial e operacional.

O planejamento estratégico não se ajusta apenas às grandes empresas. Ele é importante para sobrevivência e o desenvolvimento de qualquer organização seja ela urbana, rural, grande, média ou pequena. É um instrumento utilizado para que a empresa possa aproveitar as suas oportunidades e reduzir os seu riscos se adequando as constantes transformações que ocorrem no cenário mundial.

Pode ser considerado como um processo dinâmico por meio do qual são definidos caminhos que a empresa deverá trilhar, levando em conta a análise do seu ambiente e em consonância com a sua razão de existir, a fim de construir o seu futuro desejado. Apesar de ser um planejamento destinado ao futuro, em todas as empresas, as atividades de planejamento resultam sempre de decisões presentes. Estas decisões são tomadas a partir da análise do impacto que elas terão no futuro, o que proporciona uma dimensão temporal de alto significado.

Todo planejamento, em qualquer nível, deve ser bastante flexível para atender as constantes mudanças que ocorrem, não somente nas condições internas da empresa rural, como também, nos ambientes, geral e operacional. Pretende-se com o planejamento estratégico traçar objetivos de longo prazo e definir meios e ações para alcançá-los. O resultado do planejamento estratégico consiste na elaboração de um documento, denominado Plano Estratégico, no qual são consolidadas todas as informações geradas durante o processo de planejamento.

Para delinear um plano estratégico, as empresas têm de considerar as seguintes questões:

- Qual é a situação atual da empresa (ambiente interno)?
- Qual a situação atual do mercado, incluindo a análise do ambiente geral e operacional?
- Quais devem ser as prioridades da empresa?
- Quais são as estratégias de acordo com os objetivos da empresa?

Etapas do Planejamento Estratégico

O planejamento estratégico costuma ter um horizonte de três a cinco anos, geralmente sendo desdrobado em três linhas de ação:

- Análise interna e externa;
- Revisão das opções estratégicas disponíveis para a empresa e seleção de prioridades;
- Formulação de objetivos e planos de trabalho para atender as prioridades estratégicas.

Não existe uma metodologia universal de planejamento estratégico. A metodologia aplicada deve ser adaptada de acordo com a necessidade da empresa, a fim de estar em sintonia com o seu ambiente operacional.

A Análise SWOT (em que o termo SWOT é uma sigla inglesa para Forças ou Pontos Fortes (Strengths), Fraquezas ou Pontos Fracos (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats)), cuja criação é atribuída a Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois professores da Harvard Business School, consiste num modelo de avaliação da posição competitiva de uma empresa no mercado. Essa avaliação da posição competitiva é efetuada através do recurso a uma matriz de dois eixos (o eixo das variáveis internas e o eixo das variáveis externas), cada um dos quais composto por duas variáveis: pontos fortes (Strenghts) e pontos fracos (Weaknesses) da organização; oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) do meio envolvente.

A Análise SWOT possui as seguintes vantagens:

Simplicidade: Pode ser conduzida sem treinamento ou habilidades técnicas extensivas.

Custos Menores: Sua simplicidade elimina a necessidade e as despesas envolvidas no treinamento formal.

Flexibilidade: Pode ser desempenhada com ou sem sistema de informações ou banco de dados.

Integração: Habilidade de integrar e sintetizar tipos diversos de informações, quantitativas e qualitativas, de várias áreas da empresa.

Colaboração: Tem a habilidade de estimular a colaboração entre as áreas funcionais da empresa.

Ao construir a matriz as variáveis são sobrepostas, facilitando a sua análise e a procura de sugestões para a tomada de decisões, sendo uma ferramenta imprescindível na formação do Plano Estratégico. Os pontos fortes e fracos são determinados pela posição atual da empresa. Quase sempre, estão relacionados a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos.

Na análise interna serão definidos os pontos fortes da empresa que podem ser manejados para buscar oportunidades ou para neutralizar ameaças futuras e os pontos fracos que fragilizam a unidade e que podem vir a ser objeto de ações estratégicas de estruturação e fortalecimento institucional. A análise é focada na unidade, considerando os recursos relacionados a produção, finanças, recursos humanos, comercialização e marketing.

O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos seus próprios membros. Desta forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a empresa deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito.




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quarta-feira, julho 21, 2010

Continuação dos mitos ( Mito #5)


MITO #5:



Quem come carne tem taxas mais altas de: doenças do coração, de rim, câncer, obesidade e osteoporose do que os vegetarianos. Tais estupefatas alegações são difíceis de conciliar com fatos históricos e antropológicos. Todas as doenças mencionadas são, basicamente, problemas do século XX, entretanto as pessoas têm comido carne e gordura animal há milhares de anos.

Além disso, há vários povos nativos em todo o mundo (innuits, masais, suíços, gregos, etc.) cujas dietas tradicionais são muito ricas em produtos animais, mas não sofrem dos problemas citados. (18) Isto mostra que há outros fatores, que não os alimentos do reino animal, envolvidos nessas doenças. Vários estudos supostamente mostraram que o consumo de carne seria a causa de doença de coração, do câncer e de fraqueza óssea, mas tais estudos, quando avaliados de forma mais profunda, não conseguem provar tais achados (19).

Por exemplo, os estudos que supostamente provaram que o consumo de carne entre o povo Innuit causaria taxas altas de osteoporose, não apontou outros fatores dietéticos que contribuíram para a perda óssea (e para as outras doenças crônicas listadas no mito #5). Fatores como o consumo de açúcar refinado, alcoolismo e de junk food geram mais perda óssea do que a carne real, aliás, substituída pela proteína texturizada em pó! (Provavelmente de soja, NT.) (20).
Certamente, quando a proteína é consumida de modo antinatural, separada dos outros nutrientes lipossolúveis requeridos para sua absorção e assimilação, essa forma de consumo traz problemas. Por causa disto, o uso atual de proteína em pó sem gordura como "suplemento alimentar”, assim como o leite semidesnatado ou desnatado (sem gordura) deveriam ser absolutamente evitados. Retirar a gordura visível de carnes e a remoção da pele de aves (galinha, pato, peru etc.), antes de comer, também deveria ser desencorajado.

 Apesar das alegações de que estudos mostrariam que o consumo de carne aumentaria o risco para doença de coração (21), seus autores na verdade acharam o contrário. Por exemplo, em uma análise de 1984, com os estudos de 1978 com adventistas do Sétimo Dia (que são na maioria vegetarianos), H. A. Kahn concluiu: "embora nossos resultados acrescentam alguns fatos significativos à questão da relação dieta-doença, nós reconhecemos quão distantes eles estão no sentido de provar, por exemplo, que homens que freqüentemente comem carne ou mulheres que raramente comem salada estão encurtando suas as vidas" (21). A uma conclusão semelhante foi chegada por D.A. Snowden (21).

 Apesar desses achados surpreendentes, os estudos concluíram exatamente o contrário e as pessoas estimuladas a reduzir alimentos de origem animal em suas dietas. Além disso, ambos os estudos levantaram alguns dados sobre as dietas que claramente não demonstraram qualquer conexão entre ovos, queijo, leite integral, e gordura junto à carne (alimentos com alto teor de gordura e colesterol) e a doença de coração. O estatístico Dr. Russel Smith concluiu: "De fato o estudo de Kahn [e de Snowden] se tornaram mais um exemplo de resultados negativos dos dados que divulgados e mal interpretados como suporte às afirmações politicamente corretas de que os vegetarianos têm maior longevidade." Quando todos os dados são adequadamente computados, as diferenças atuais de doença de coração entre os vegetarianos e não-vegetarianos nestes estudos foram menor do que 1%: valores insignificantes (22).

 Deveria ser sublinhado que os estudos são freqüentemente feitos com indivíduos Adventistas do Sétimo Dia nas análises com populações para provar que uma dieta vegetariana é mais saudável e é associada com riscos menores para a doença de coração e para o câncer (porém leia o último parágrafo desta seção). Embora seja verdade que a maioria dos membros dessa congregação Cristã não come carne, eles também não fumam, não bebem etílicos, nem café ou chá, fatores que podem estar envolvido no câncer e na doença de coração (23).

 Os mórmons compõem um grupo religioso frequentemente negligenciado nos estudos dos vegetarianos. Embora sua religiosidade pregue a moderação, os mórmons não se privam de carne. O fundador do Mormonismo, Joseph Smith, declarou que uma dieta destituída de produtos animais como "não de Deus." Assim como os Adventistas, os mórmons evitam tabaco, álcool, e a cafeína. Apesar de serem consumidores de carne, um estudo com os mórmons de Utah mostrou que eles têm uma taxa 22% menor que a média geral para o câncer, e 34% menor para a mortalidade de câncer de cólon em relação à média dos EUA (24).

Um estudo com Porto Riquenhos, que comem grandes quantias de carne gorda suína, não obstante, revelou taxas muito baixas de câncer de cólon e de mama (25). Resultados semelhantes podem ser adicionados para demonstrar que o consumo de carne, isoladamente, não tem correlação com câncer, doença do coração, osteoporose, doença de rim, ou obesidade (26). Obviamente, outros fatores estão envolvidos.

É muito comum ser alardeado que os vegetarianos têm que taxas menores de câncer do que os consumidores de carne, mas um estudo de 1994, com californianos adventistas do Sétimo Dia (que são geralmente vegetarianos) demonstrou que, embora eles tivessem taxas mais baixas para alguns cânceres (por exemplo, mama), eles apresentavam taxas significativamente maiores de vários outros tipos de câncer (cérebro, pele, útero, colo e ovário)! (27).


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segunda-feira, julho 19, 2010

Fazendas lá, ambientalistas aqui


ESSA VALE A PENA LER! (Jornal O Estado de S. Paulo, Opinião/SP). 19/07/2010
Para que fique bem entendido!
 
Solicitado por vários leitores a voltar ao tema das ONGs, mostrarei a vinculação entre os "fazendeiros" americanos e a atuação de ONGs ambientalistas no Brasil. Trata-se de uma curiosa conjunção entre o agronegócio americano, ONGs ambientalistas (aqui, evidentemente), grandes empresas, governos e "movimentos sociais" no País.
A National Farmers Union (União Nacional dos Fazendeiros) e a Avoided Deforestation Partners (Parceiros pelo Desmatamento Evitado), dos EUA, encomendaram um estudo, assinado por Shari Friedman, da David Gardiner & Associates, publicado em 2010, para analisar a relação entre o desmatamento tropical e a competitividade americana na agricultura e na indústria da madeira. O seu título é altamente eloquente: Fazendas aqui, florestas lá.

O diagnóstico do estudo é que o desmatamento tropical na agricultura, pecuária e de florestas conduziu a uma "dramática expansão da produção de commodities que compete diretamente com os produtos americanos". Ou seja, é a competitividade do agronegócio brasileiro que deve ser diminuída para tornar mais competitivos os produtos americanos. O estudo é tão detalhado que chega a mostrar quanto ganhariam os Estados americanos e o país como um todo. E calcula que o ganho americano seria de US$ 190 bilhões a US$ 270 bilhões entre 2012 e 2030.

As campanhas pela conservação das florestas tropicais e seu reflorestamento não seriam, nessa perspectiva, uma luta pela "humanidade". Elas respondem a interesses que não têm nada de ambientalistas. Ao contrário, o estudo chega a afirmar que os compromissos ambientalistas nos EUA poderiam até ser flexibilizados segundo as regras atuais, que não preveem nenhum reflorestamento de florestas nativas, do tipo "reserva legal", só existente em nosso país. Também denomina isso de "compensação", que poderia ser enunciada da seguinte maneira: mais preservação lá (no Brasil), menos preservação aqui (nos EUA).
Cito: "Eliminando o desmatamento por volta de 2030, limitar-se-iam os ganhos da expansão agrícola e da indústria da madeira nos países tropicais, produzindo um campo mais favorável para os produtos americanos no mercado global das commodities." Eles têm, pelo menos, o mérito da clareza, enquanto seus adeptos mascaram suas atividades.
Esse estudo reconhece o seu débito com a ONG Conservation International e com Barbara Bramble, da National Wildlife Federation, seção americana da WWF, igualmente presente em nosso país.
A Conservation International é citada duas vezes na página de agradecimentos, suponho que não por suas divergências. Mas ela publica em seu site um artigo dizendo-se contrária ao estudo. A impressão que se tem é a de que se trata de um artifício retórico para se desresponsabilizar das repercussões negativas desse estudo em nosso país e, em particular, na Câmara dos Deputados. Logicamente falando, sua posição não se sustenta, pois ao refutar as conclusões do artigo não deixa de compartilhar suas premissas. A rigor, não segue o princípio de não-contradição, condição de todo pensamento racional.

Por que não defende a "reserva legal" nos EUA e na Europa, segundo os mesmos princípios defendidos aqui? Seria porque contrariaria os interesses dos fazendeiros e agroindustriais de lá? Entre seus apoiadores se destacam Wall Mart, McDonald"s, Bank of America, Shell, Cargill, Kraft Foods Inc., Rio Tinto, Ford Motor Company, Volkswagen, WWF e Usaid. Os dados foram extraídos de seu site internacional.
Barbara Bramble é consultora sênior da National Wildlife Federation, a WWF americana. Sua seção brasileira segue os mesmos princípios e modos de atuação, tendo o mesmo nome. Se fosse coerente, deveria lutar para que os 20% de "reserva legal", a ser criada nos EUA e na Europa, fossem dedicados à wildlife, a "vida selvagem". Entre seus apoiadores e financiadores (dados extraídos de sua prestação de contas de 2009), destacam-se o Banco HSBC, Amex, Ibope, Natura, Wall Mart, Conservation Internacional, Embaixada dos Países Baixos, Greenpeace e Instituto Socioambiental (ISA). A lista não é exaustiva. Observe-se que a ONG Conservation International reaparece como parceira da WWF.
Ora, essa mesma consultora é sócia-fundadora do ISA, ONG ambientalista e indigenista. A atuação dessa ONG nacional está centrada na luta dita pelo meio ambiente e pelos "povos da floresta". Advoga claramente pela constituição de "nações indígenas" no Brasil, defendendo para elas uma clara autonomia, etapa preliminar de sua independência posterior, nos termos da Declaração dos Povos Indígenas da ONU.
Ela, junto com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), possui o mais completo mapeamento dos povos indígenas do Brasil. Sua posição é evidentemente contrária à revisão do Código Florestal. Dentre seus apoiadores e financiadores, destacam-se a Icco (Organização Intereclesiástica de Cooperação para o Desenvolvimento), a NCA (Ajuda da Igreja da Noruega), as Embaixadas da Noruega, Britânica, da Finlândia, do Canadá, a União Europeia, a Funai, a Natura e a Fundação Ford (dados foram extraídos de seu site).
O ISA compartilha as mesmas posições do Cimi, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do MST. Ora, esses "movimentos sociais", verdadeiras organizações políticas de esquerda radical, por sua vez, seguem os princípios da Teologia da Libertação, advogando pelo fim do agronegócio brasileiro e da economia de mercado, contra a construção de hidrelétricas e impondo severas restrições à mineração. Junto com as demais ONGs, lutam por uma substancial redução da soberania nacional.
Dedico este artigo aos 13 deputados, de diferentes partidos, e às suas equipes de assessores que tão dignamente souberam defender os interesses do Brasil, algo nada fácil nos dias de hoje.


(Jornal O Estado de S. Paulo, Opinião/SP). 19/07/2010


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Setor do agronegócio foi o que mais gerou empregos em 2010


Em parte devido à produtiva safra de grãos prevista para 2010, com 146,92 milhões de toneladas, as zonas rurais brasileiras foram as que mais empregaram trabalhadores com carteira assinada no primeiro semestre. As informações foram divulgadas na quinta-feira (15) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
“Não sou especialista, mas vamos ter uma safra recorde de grãos este ano e isso ajuda a produção e a contratação”, comentou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O crescimento dos empregos registrados no mês passado em atividades do agronegócio foi 3,5% maior em relação a maio. Em junho, o setor de agricultura gerou 55,367 mil novos postos de trabalho.
De acordo com os números do Caged, as áreas metropolitanas foram responsáveis pela criação líquida de 513.530 postos de trabalho de janeiro a junho, enquanto o interior gerou 677.585 postos no mesmo período.
(Jornal de Uberaba/Agronegócios/MG).  

Senhores candidatos a presidência! Faço-lhes a seguinte pergunta: O que será feito em relação aos investimentos na área do agronegócio? Os números não mentem, será que não está na hora de o real valor para o homem do campo? eai?



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sexta-feira, julho 16, 2010

Boi "Europa" vale o mesmo que boi "comum"




Em muitos frigoríficos, o "boi Europa" (bovinos provenientes de fazendas cadastradas na lista Trace e aptos a serem exportados para a União Européia) vale o mesmo que o boi "comum".

O prêmio no pagamento por este tipo de animal já chegou a mais de 10% em momentos de oferta reduzida, especialmente quando o cadastro das fazendas na lista Trace estava no início.

No ano passado o ágio caiu no segundo semestre e ficou em torno de 3% a 5% em agosto, beirando 1% no ápice do confinamento de 2009 (outubro e novembro).

Neste ano a situação se repete. Isso porque a maior parte das fazendas cadastradas na lista Trace realizam o confinamento e a oferta deste tipo de animal aumenta no segundo semestre.

Atualmente, em boa parte dos frigoríficos não há ágio no pagamento pelo "boi Europa". Quando muito, dependendo do frigorífico e do estado, existe um ágio de 2%.

Com o pequeno ágio ou a ausência dele, muitos pecuaristas alegam que não há vantagem no esforço para o cadastro e manutenção das fazendas na lista Trace.

Por Maria Gabriela O Tonini

Fonte: Scot Consultoria


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Curto e gorsso, é nisso que dá, aquela velha frase "é pra inglês ver". Espero que em um futuro não muito longe a "liga dos produtores rurais" descubram e tamanho do seu poder! Faz tudo do jeito que os frescos querem! Aí pagam o que acham?!? até quando?!


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quinta-feira, julho 15, 2010

Justiça rastreará terras compradas por empresas controladas por estrangeiros


Os cartórios de registro de imóveis precisarão informar aos tribunais de Justiça todas as terras que forem compradas por empresas brasileiras controladas por estrangeiros. A decisão é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também determinou que as informações sejam prestadas a cada três meses. O dado mais recente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aponta que mais de 4 milhões de hectares (cerca de três vezes o tamanho da cidade de São Paulo) estão sob posse de pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras. Entretanto, o número não engloba as terras que se encaixam na modalidade que passará a ser rastreada pela Justiça a partir de agora.
 
A decisão do CNJ é resultado da uniformização do entendimento da Lei nº 5.709 que regula as terras compradas diretamente por estrangeiros, agora aplicada também no caso das terras compradas por empresas nacionais controladas por estrangeiros. Pela lei, a aquisição de imóvel rural por pessoa física estrangeira não poderá exceder a 50 módulos de exploração indefinida, em área contínua ou descontínua.

Também diz que a soma das áreas rurais pertencentes a pessoas estrangeiras não pode ser maior que um quarto da superfície dos municípios onde se situem. Caso esses limites sejam ultrapassados, as aquisições de terras poderão ser anuladas. A lei ainda determina que os tabeliães que não informarem a Justiça sobre essas compras de terras podem perder o cargo.

FONTE (Agrosoft)

Agência Brasil
Débora Zampier - Repórter
Aécio Amado - Edição


Links referenciados

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
www.incra.gov.br

Conselho Nacional de Justiça
www.cnj.jus.br

Agência Brasil
www.agenciabrasil.gov.br

Lei nº 5.709
www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L5709.htm

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quarta-feira, julho 14, 2010

Boi gordo segue com preços firmes



A baixa oferta mantém o boi gordo valorizado em praças brasileiras. Alguns poucos lotes surgiram no final da semana passada para atender a uma escala imediata, mas a oferta de modo geral segue abaixo do normal. Como conseqüência, as escalas de abate seguem curtas e o atacado da carne enxuto, com preços em patamares
Recordes para o período.
Em São Paulo, a arroba é negociada entre R$ 82 e R$ 83 em média, livre, a prazo. No atacado da carne bovina, o corte traseiro atingiu R$ 6,70 o quilo, patamar
recorde para julho, enquanto o dianteiro se manteve firme em R$ 4,50 o quilo. A demanda interna é o ponto em evidência neste momento e a oferta precisa se ajustar a este perfil. No mercado externo, a carne bovina registrou o melhor embarque em doze meses DO mês de junho, com 173 mil toneladas em equivalente carcaça. O resultado só não foi melhor devido às restrições de vendas de carne industrializada para os EUA em vigor ao longo do período.
Esta situação no volume de embarques de carne bovina brasileira pode ser considerada discreta no momento em que avaliamos a ausência da Argentina nas exportações e em que o Uruguai também enfrenta alguma dificuldade em elevar volumes de vendas. Em parte, esta condição ajustada de oferta interna nesta safra 2010 e preços ainda sustentados no boi gordo, bem como os bons preços do atacado, vão lambem inibindo uni maior destino de carne bovina para a exportação.
Mesmo assim, o mercado internacional comprador e os volumes vão melhorando lentamente. No ano, as vendas externas acumulam crescimento de 2,4%, com receita 24% maior, em US$2,2 bilhões. No entanto, é importante focar em fundamentos para o mercado nos próximos meses. O quadro de 2010 é de oferta ajustada à demanda e não será diferente na entressafra.
A seca nas regiões produtoras era uma previsão, agora é fato. A tendência é que se prolongue na primavera, com este indicador passando a exercer condições para a oferta. O mercado também terá um novo teste para os preços em agosto, quando teremos uma virada de mês seguida de data festiva, o Dia dos Pais.
Este período demonstra consistência de consumo e há baixa oferta. Agosto se aproxima e2010 não sugere ser diferente. Dentro deste ambiente, nota-se que o spread de R$ l a arroba no contrato futuro de outubro na BM&F sobre o mercado à vista é discreto frente a o perfil desta entressafra. Porém, serve para quebrar expectativas de alta e forçar a realização de contratos a termo no físico. 

(Jornal DCI, Mercadorias/SP – 14/07/2010)

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quarta-feira, julho 07, 2010

Programa melhora qualidade da carne




Programa melhora qualidade da carne
 
Programa da Embrapa, que prega boas práticas de produção, facilita também a venda do produto para o exterior
Está pronta a receita que garante qualidade à carne bovina brasileira e o consumo de um produto mais nutritivo, saboroso, macio e suculento. Baseada em programa lançado há cinco anos pela Embrapa Gado de Corte, a fórmula foi consolidada na metade de 2010. No início atenderia apenas a Mato Grosso do Sul, mas acabou sendo aplicada no País. "O gado não pode mais ser criado tomando água suja de açude", diz o pesquisador da Embrapa Gado de Corte Ezequiel Rodrigues do Valle, coordenador do Programa de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) ? Bovinos de Corte. "Gado gosta de alimento nutritivo, saboroso, água limpa e fresca, sombra para aliviar o calor. E responde com perda de peso aos maus tratos, principalmente no transporte inadequado."

Fortalecimento. O programa tem por objetivo fortalecer o setor produtivo, aumentando a rentabilidade, preservando o ambiente e garantindo, na ponta da cadeia, um alimento saudável, seguro e saboroso.
O esboço do que seria o BPA estava pronto em 2003, quando os pesquisadores iniciaram estudos para torná-lo realidade, o que ocorreu em 2005, em pleno ano de confirmação do avanço da aftosa no Estado. Na época, as propostas eram tidas como ilusórias, até para os pecuaristas mais tecnificados. A questão do custo pesou para o pessimismo, aliada a fatos anteriores, com projetos alvissareiros que não cumpriram o que propunham. "O gasto exigido pelo BPA depende das condições da fazenda. Quanto piores, maiores." Valle afirma que as fazendas mais tecnificadas que aderiram ao BPA "saíram na frente, quase com custo zero, mesmo antes da fase alcançada este ano, que é a consolidação do programa".
No estágio atual está havendo a transferência de tecnologia para empresas e entidades do setor. À Embrapa cabe, agora, a vistoria sobre os procedimentos. Hoje, 300 propriedades nos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e extremo Norte do País estão no programa. Em Mato Grosso do Sul, quatro fazendas já passaram por todas as fases. São a Maragogipe e Erechim, em Itaquiraí; Primavera, em Guia Lopes da Laguna e Souza Cuê, em Iguatemi.
Treinamento. 

O treinamento aborda os pontos principais: gestão da propriedade, função social do imóvel rural, responsabilidade social, gestão ambiental, instalações rurais, manejo pré-abate e bons tratos ao rebanho, formação e manejo de pastagens, suplementação alimentar, identificação animal, controle sanitário e manejo reprodutivo. Com tais conhecimentos, reduzem-se riscos trabalhistas e ambientais, além de melhorar a qualidade da carne e do couro. Na fase final, a fazenda recebe um certificado da Embrapa Gado de Corte, que endossa o que interessa ao mercado ? a qualidade da carne.
 
(O Estado de S.Paulo – SP – Agrícola)


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