sexta-feira, junho 11, 2010

Continuação dos mitos ( Mito #3)



MITO #3:
O corpo pode converter ácidos graxos ômega-6 em ácidos graxos ômega-3 quando necessário. Esta falsidade é similar ao mito número dois. Os ácidos graxos Ômega 3 e 6 são gorduras poliinsaturadas sendo dois, o ácido linolênico (tipo omega-3) e linoléico (tipo omega 6), essenciais à vida humana e devem ser obtido dos alimentos já que o corpo não os pode sintetizar. Embora quantias muito pequenas de ômega-3 (ácido linolênico) sejam encontradas em grãos integrais e verduras folhosas de cor verde escuro, ele é encontrado principalmente em alimentos animais (especialmente peixes e ovos), como também no óleo de semente de linhaça. Ômega-6, ácido linoléico, é principalmente encontrado nos legumes, mas quantias pequenas estão presentes em certas gorduras de animal. Para tranqüilizar os vegetarianos que temem não poder adquirir suficiente quantia de Ômega-3 (ácido linolênico), alguns experts vegetarianos afirmam que o organismo pode converter excessos de ômega-6 para ômega-3 (ácido linolênico), e para outros ácidos graxos ômega-3 como o EPA e o DHA, dois ácidos graxos envolvidos intimamente com a saúde do cérebro e do sistema imune. A renomada especialista em bioquímica dos lipídios, Dra. Mary Enig, da Universidade de Maryland, e outras autoridades demonstraram que o organismo não pode transformar o número ômega de um ácido graxo. O corpo pode mudar o grau de saturação de um ácido graxo e também seu comprimento molecular, mas não seu número ômega (12). Em outras palavras, um ômega-6 só pode ser convertido para outro ácido graxo ômega-6, um ômega-3 só pode ser transformado em outro ômega-3. Novamente, eu vi os resultados desta desinformação em minha prática. Eu tive vários pacientes de descendência do norte da Europa com problemas mentais e imunológicos severos causados por uma falta de EPA e DHA, dois ácidos graxo ômega-3 não encontrados nos vegetais (o DHA é encontrada em quantias pequenas em algumas algas). Os povos nativos de climas mais quentes do planeta podem fabricar esses ácidos graxos a partir de outro ômega-3, mas as pessoas descendentes dos europeus do norte ou dos Innuits não podem. Seus antepassados ingeriam muito peixe rico em EPA e DHA, seus organismos parecem ter perdido a habilidade em fabricar esses ácidos graxos (13). Para estas pessoas, o vegetarianismo é impossível; eles precisam consumir ovos ou peixes para sobreviver. Existe também um perigo real muito grande ao se consumir grande quantidade de ácidos graxos ômega-6, principalmente encontrados nos vegetais. O corpo requer ambos, os ácidos ômega-6 e ômega-3. Porém, quando as células do corpo são sobrecarregadas com ômega-6, a sua habilidade em utilizar o ômega-3 é inibida (14). Níveis cronicamente baixos de ácidos graxos ômega-3 são associados com taxas mais altas de câncer e deficiência imunológica. Também há forte correlação de níveis excessivos de ácidos graxos ômega-6 com uma incidência alta de doença cardiovascular (assim como o consumo excessivo de açúcar refinado e dos ácidos graxos tipo trans) [15].




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